sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A HISTERIA DO OE

Não houve cão nem gato que não se tivesse pronunciado já sobre medidas concretas do OE 2016, sendo certo que o documento só ontem foi aprovado em Conselho de Ministros, ao cabo de uma maratona de sete horas. A partir do momento em que for entregue no Parlamento, o que deverá acontecer hoje, poderemos confrontar a realidade com o agitprop das últimas semanas.

O comportamento indecoroso das televisões, repetindo imagens fora do tempo como se fossem “directos” (a guarda pretoriana de Subir Lall a percorrer os Passos Perdidos, as declarações do comissário Moscovici, outras), devia envergonhar os profissionais que lá trabalham. Sejamos claros: os últimos quatro anos abandalharam o país, mas ainda não somos o Haiti. Contudo, ouvindo Judite de Sousa, José Rodrigues dos Santos e outros que tais, parece que sim.

É um triste sinal dos tempos que tenha de ser Manuela Ferreira Leite a dizer, como disse ontem à noite na TVI: «Em termos formais e políticos o Governo português ganhou, não tendo abdicado daquelas medidas que lhe garantiam o apoio, e apresentando um orçamento que tem cuidado de que as contas estejam equilibradas. A crispação que existe no país relativamente à proposta do Orçamento é absolutamente injustificável.» Elementar.